A esclerose múltipla (EM) é uma doença desmielinizante que acomete, principalmente, mulheres jovens, entre 20 e 35 anos. O grande desafio diagnóstico, entretanto, reside no fato de diversas regiões do sistema nervoso poderem estar envolvidas, por exemplo, via óptica (diminuição da acuidade visual), cérebro (formigamentos e fraqueza muscular), cerebelo (falta de coordenação motora e tremor), tronco cerebral (paralisias de nervos cranianos) ou medula (alteração de esfíncter, fraqueza muscular e alteração de sensibilidade). Assim, pacientes com EM podem ter apresentação clínica diversa.
A EM não costuma ocorrer em vários indivíduos de uma mesma família, por isto as formas esporádicas são bem mais comuns. Alguns estudos, entretanto, mostraram que pacientes com esclerose múltipla podem ter genes que conferem uma susceptibilidade maior à doença, principalmente genes relacionados a mecanismos imunológicos e inflamatórios.
Outro fator que parece predispor ao desenvolvimetno de EM seria a deficiência de vitamina D. Não à toa, em determinadas regiões no globo, como províncias canadenses, a frequência de EM chega a ser 50 vezes maior que no Brasil. Apesar disto, de acordo com as recomendações da Academia Brasileira de Neurologia sobre este assunto, não se administram doses elevadas de vitamina D em portadores de EM.
Os sinais e sintomas da EM podem ser classificados de acordo com a localização, ou seja, via óptica (diminuição da acuidade visual), cérebro (formigamentos e fraqueza muscular), cerebelo (falta de coordenação motora e tremor), tronco cerebral (paralisias de nervos cranianos), medula (alteração de esfíncter, fraqueza muscular e alteração de sensibilidade).
O diagnóstico da EM requer uma correta caracterização da história e um exame clínico detalhado. Os exames complementares, por sua vez, auxiliam muito no diagnóstico. Dentre os principais destacam-se a ressonância magnética e líquor.
O tratamento destes pacientes pode ser dividido em tratamento dos surtos, em geral com altas doses de corticoide endovenoso e o tratamento de manutenção, com imunomoduladores também administrados via intramuscular ou subcutânea. Mais recentemente, tornou-se disponível, inclusive no Brasil, formulação oral (através de comprimidos) para o tratamento imunomodulador.
A EM pode ter uma apresentação clínica muito variada, com sintomas neurológicos recorrentes que podem “melhorar” por si só com o tempo (perda da visão, alteração de sensibilidade, dificuldade para caminhar, etc.). Assim, o primeiro cuidado necessário com a EM é saber que existem diversas outras doenças neurológicas e não neurológicas que podem se “confundem” com ela.
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